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Preço do algodão atinge menor nível em cinco anos com avanço da safra e pressão de compradores

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Algodão registra o menor preço desde 2020

Os preços do algodão em pluma continuam em queda e atingiram, neste mês, o menor patamar nominal desde outubro de 2020, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A retração ocorre em meio ao avanço do beneficiamento da safra 2024/25 e à expectativa de aumento na oferta do produto.

Maior oferta e pressão de compradores influenciam o mercado

De acordo com o Cepea, o aumento do volume disponível no mercado doméstico tem pressionado as cotações, enquanto os compradores adotam uma postura mais cautelosa e buscam negociar a preços ainda mais baixos. Produtores com necessidade de liquidez acabam cedendo nos valores, o que reforça o movimento de queda.

Desvalorização externa limita reação nos preços internos

Além dos fatores domésticos, os baixos valores do algodão no mercado internacional também dificultam uma recuperação das cotações no Brasil. A concorrência com o produto estrangeiro tem reduzido o poder de barganha dos vendedores locais, especialmente em um momento de maior oferta interna.

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Produtores aguardam melhores condições para negociação

Diante desse cenário, muitos agentes do setor preferem se afastar das negociações no mercado spot, monitorando apenas o andamento dos contratos a termo. A expectativa é de que novas movimentações ocorram apenas quando houver sinais mais consistentes de recuperação nos preços.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Torrefadores dos EUA recorrem a estoques e redirecionam cargas à espera de acordo comercial com o Brasil

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Tarifa de 50% sobre o café brasileiro provoca crise no setor nos EUA

Torrefadores norte-americanos estão consumindo seus estoques de café enquanto aguardam o desfecho das negociações comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil. O impasse pode determinar se o setor precisará pagar preços ainda mais altos por grãos de outras origens.

O café brasileiro, responsável por cerca de um terço do consumo norte-americano, foi praticamente excluído do mercado dos EUA desde agosto, após o governo do presidente Donald Trump impor uma tarifa de 50% sobre a importação do produto. A medida, que misturou comércio e política, foi interpretada como uma retaliação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Trump acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de tratar de forma injusta seu aliado político, o ex-presidente Jair Bolsonaro — posteriormente condenado por tentativa de golpe de Estado.

Impacto da tarifa: alta de preços e estoques em queda

O imposto de importação já causou grandes prejuízos a um setor que movimenta cerca de US$ 340 bilhões por ano nos Estados Unidos. Importadores enfrentam dificuldades para liberar cargas brasileiras retidas, torrefadores arcam com multas por cancelamento de contratos e consumidores pagam até 40% mais caro pelo café.

A expectativa é que os estoques norte-americanos atinjam o nível mínimo em dezembro, pressionando torrefadores e grandes redes a buscarem alternativas que mantenham as margens de lucro.

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Empresas redirecionam café para o Canadá para driblar tarifas

Algumas empresas recorreram a estratégias logísticas para minimizar as perdas. A importadora Lucatelli Coffee, por exemplo, recebeu cerca de US$ 720 mil em café brasileiro após a entrada em vigor da nova tarifa.

A carga foi armazenada em um depósito alfandegado na Flórida, onde permanece livre de impostos enquanto não é vendida. Para evitar a taxa de 50%, parte do café está sendo redirecionada ao Canadá — o que eleva os custos de transporte, mas impede perdas ainda maiores.

“O problema é que essa tarifa não é sobre comércio ou reciprocidade. É política, é pessoal — entre Trump e Lula”, afirmou Steven Walter Thomas, proprietário da Lucatelli Coffee.

Cancelamentos e substituições elevam custos dos torrefadores

Com o cenário indefinido, várias torrefadoras norte-americanas optaram por cancelar pedidos de café brasileiro, arcando com taxas entre US$ 20 e US$ 25 por saca de 60 kg — o equivalente a US$ 515 por saca sem tarifas.

A Downeast Coffee Roasters, de Rhode Island, é uma das empresas que conseguiu cancelar parte dos contratos, mas ainda busca alternativas mais caras, como cafés colombianos, mexicanos e centro-americanos. Desde o anúncio das tarifas, os preços desses grãos subiram até 10%, enquanto o café brasileiro caiu cerca de 5%.

“Temos estoques, mas eles estão se esgotando rapidamente”, afirmou Michael Kapos, executivo da Downeast Coffee Roasters.

Café mais caro pressiona inflação nos Estados Unidos

O impacto da tarifa também chegou ao consumidor. Segundo o Bureau of Labor Statistics, o preço médio do café torrado e moído nos supermercados norte-americanos subiu 41% em setembro na comparação anual, atingindo US$ 9,14 por libra-peso.

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A alta, que se soma à escassez global provocada por problemas climáticos, tem contribuído para acelerar a inflação de alimentos nos EUA.

“Costumava pagar US$ 6 ou US$ 7, agora está US$ 11 — e o pacote parece menor”, contou Yasmin Vazquez, consumidora de Nova Jersey.

Estoques em níveis críticos e expectativa por acordo

Os estoques de café nos EUA, atualmente estimados em 4 milhões de sacas, podem cair para 2,5 a 3 milhões até dezembro — próximo do limite mínimo de segurança. O país consome cerca de 25 milhões de sacas por ano, das quais 8 milhões normalmente são importadas do Brasil.

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar otimista com a possibilidade de um acordo comercial em breve. Trump, por outro lado, declarou: “Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver.”

Até lá, os consumidores norte-americanos devem continuar pagando caro por sua xícara de café diária.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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