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Todos escrevemos, mesmo que não seja no papel. Ainda que não escrevamos estritamente, lançamos palavras e dizeres nas linhas da vida. Mas para aqueles que vivem, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes. Aqueles que, com o comum correr quotidiano, se aquietam, ficando autômatos, esquecem-se de muito. Digo isto.

Escrever não pede rigorosamente especialização, letramento ou gramática. Não exige que eu passe numa prova, ou mesmo que eu obtenha nota acima de 7 (sete). Não preciso de diploma, publicação. Nem grande tempo, nem muito trabalho me solicita a escrita. Porque viver não me pede nada disso.

Mas me quer a inteireza, algo mais dentro do que a minha inteligência, uma coisa mais do que eu posso conter, do que eu possa exercer a ação restrita.

Pede-me amor. Como o amor impede a morte!

Requer de mim coragem para que eu arranque do meu dia a dia o invisível, o mistério, o quebrado. Viver é um rasgar-se e remendar-se.

Um cuidado no olhar e no ouvir. Angelus Silesius disse: “Temos dois olhos. Com um contemplamos as coisas do tempo, efêmeras, que desaparecem. Com o outro contemplamos as coisas da alma, eternas, que permanecem”. Rubem Alves emendou: “Temos dois ouvidos. Com um, escutamos os ruídos do tempo, passageiros, que desaparecem. Com o outro ouvimos a música da alma, eterna, que permanece.”

Quando escrevemos o livro da vida somos pescadores… quem sabe querendo um pegamos outro.

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Ao escrever vejo um pouco do que sou, vejo meu caminho – não há caminho – e embora saibamos que o amor nos conduz, não sabemos para onde. Escrever é uma montanha crescendo.

E da tristeza. Ora! isso não é coisa nova nem especial, é comum e justa. Adélia ensaiou: “por prazer da tristeza eu vivo alegre”. Porque escrever é ter compaixão, é sentir a tristeza de um outro.

Jamais termina meu caminhar, meu andar em textos, procurando palavras. E minha vontade de alegria, de criar amor e nascer palavras, não pertencem a mim.

Estou no avião, minha vizinha de poltrona perguntou para onde viajávamos. Disse que estava levando minha filha para ver o mar. A moça disse que ela não vai querer ver mais nada depois de ver o mar. Sorrimos! Ela vai querer ver o mar, o martudo, depois de ver o mar. Espero que não suje os olhos.

*Emanuel Filartiga Escalane Ribeiro  é promotor de Justiça em Mato Grosso

Fonte: Ministério Público MT – MT

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CNJ abre consulta pública para definir metas que serão desenvolvidas pelo Judiciário

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Está disponível até o dia 2 de novembro de 2025 a consulta pública sobre as propostas de Metas Nacionais do Poder Judiciário 2026. A iniciativa é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o objetivo de incentivar a participação de toda a sociedade no processo de melhoria dos serviços prestados pelo sistema judiciário brasileiro.
O formulário pode ser respondido de forma online, acessando o endereço eletrônico https://formularios.cnj.jus.br/consulta-publica-das-propostas-de-metas-nacionais-2026/. Esta é a segunda vez que a pesquisa é realizada e está aberta para cidadãos, magistrados, servidores e membros de entidades representativas de classes.
O estudo busca reunir informações sobre o acesso ao sistema de Justiça, acompanhamento processual e a efetividade dos serviços jurisdicionais. As informações coletadas servirão de base para construção de plano de ações voltadas ao aperfeiçoamento do Poder Judiciário.
As propostas de Metas Nacionais que compõem o estudo foram montadas a partir de uma série de debates entre representantes de todos os tribunais brasileiros, juízes, servidores, além de análises feitas pelo Conselho Nacional de Justiça.
Após a participação, o resultado da consulta pública será analisado pelo Conselho Nacional de Justiça. As Metas Nacionais para 2026 serão votadas pelos presidentes dos tribunais no 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário.

Autor: Bruno Vicente

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Fotografo:

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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