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Diego Guimarães vê impacto ambiental milionário e anuncia coleta de assinaturas para CPI

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O deputado Diego Guimarães (Republicanos) anunciou, nesta quarta-feira (10), que está coletando assinaturas para abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) e investigar a origem das falhas estruturais da usina hidrelétrica em Colíder.

Diego iniciou a mobilização em prol da CPI após a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), que gerenciam a unidade, constatarem uma falha funcional em 4 dos 70 drenos da barragem. Segundo ele, ao identificarem a irregularidade, as empresas rebaixaram o reservatório artificial – chamado como “lago”- para evitar sobrecarga à estrutura e possíveis danos ao município.

A medida, entretanto, fez secarem as regiões que eram preenchidas pelo rio Teles Pires, ocasionando a morte de animais aquáticos e um prejuízo econômico estimado em R$ 100 milhões ao município.

“A CPI terá uma investigação completa desde a construção (da usina). Nossa ideia é saber se houve erro estrutural e, em parceria com o Ministério Público (MPMT), com a Polícia Técnica (Politec) e com um grupo técnico da Casa (Assembleia Legislativa) para fazermos uma análise de engenharia sobre a obra e dos danos causados por conta dessa falha”, contou.

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“Esse é um caso único no Brasil. Nunca aconteceu algo parecido de uma usina hidrelétrica, há pouco tempo feita, ter um problema tão grave. Não podemos brincar com isso. São cidades e milhares de famílias afetadas, sem contar nosso ecossistema”, acrescentou.

O deputado disse acreditar que não terá grande dificuldade para convencer os demais parlamentares a assinarem o requerimento da CPI. Ele, contudo, criticou a baixa participação dos deputados federais sobre a pauta.

Diego explicou ainda que a comissão pretende identificar os responsáveis pelas falhas, descobrir se os municípios ao redor sofrerão mais danos e sanar irregularidades estruturais.

“Estou com o requerimento para conversar com cada deputado, mas não creio que teremos dificuldade para alcançar as assinaturas. Hoje não tramita nenhuma CPI na Casa e não teria nenhum óbice para fazermos essa investigação. Obviamente, todos os deputados federais serão bem-vindos, caso a bancada queira participar. Se até o momento nenhum deputado se manifestou, talvez não vejam o problema como extremo, mas nós sentimos as dores e ouvimos o cidadão reclamar”, considerou.

“Precisamos saber quais foram os engenheiros responsáveis por essa obra malfeita, se há risco de rompimento da barragem e mortes, e quais são as medidas a serem tomadas para, em um rápido espaço de tempo, isso [a falha na barragem] ser corrigido”, completou.

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Copel e Eletrobras: a convocação de lideranças – O deputado Diego Guimarães anunciou na semana passada que convocará lideranças da Copel e Eletrobras para prestarem esclarecimentos sobre as falhas na barragem da usina hidrelétrica de Colíder.

Por enquanto, a convocação foi oficializada na Câmara Setorial Temática da ALMT, mas os líderes devem prestar depoimento na CPI, caso ela seja aprovada.

Diego explicou que pretende investigar uma gravação vazada na qual um suposto trabalhador da Copel afirma que a Eletrobras abaixou o nível do reservatório desnecessariamente e sem consenso da equipe de engenheiros. A decisão teria sido baseada na opinião de apenas um profissional.

Ainda no áudio, o suposto funcionário diz que o engenheiro sugeriu abaixar o nível do lago por acreditar na existência de uma caverna sob a fundação da barragem. A hipótese, entretanto, teria sido criticada e descartada pelos demais profissionais.

Fonte: ALMT – MT

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Drenos e sustentabilidade: o desafio da produção em Mato Grosso

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Quando falamos sobre as áreas úmidas em Mato Grosso, é importante começar por um tema que hoje preocupa diretamente nossos produtores: os drenos. Não estamos diante apenas de uma pauta ambiental ou econômica, mas também de uma pauta social.

Na região norte, em municípios como Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e até Querência, no Araguaia, são mais de 4 milhões de hectares de drenos que dependem de licenciamento junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Produtores e suas famílias relatam dificuldades para conseguir essas liberações e suas renovações, gerando insegurança jurídica e ameaçando a continuidade da produção, a mesma que gera emprego, renda e ajuda a garantir o alimento em nossas mesas.

Com essa realidade em mente, trabalhamos na Assembleia Legislativa para buscar soluções concretas. Nesse caso específico, contratamos um estudo técnico para avaliar de forma detalhada a situação dos drenos e destinamos recursos para que servidores da Sema realizem uma pós-graduação, ampliando o conhecimento e garantindo mais agilidade nas liberações. Sendo assim, estamos acompanhando, cobrando e fortalecendo esses encaminhamentos.

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Tenho dito e repito: precisamos aliar produção sustentável com segurança jurídica para o setor produtivo. Esse equilíbrio é indispensável!

Mato Grosso é um estado privilegiado pela natureza, abrigando ecossistemas de relevância mundial, como o Pantanal, o Cerrado e a Amazônia. Essas áreas úmidas prestam serviços ambientais fundamentais: regulam o regime das águas, ajudam a manter o clima, sustentam a biodiversidade e garantem qualidade de vida para comunidades locais.

Nos últimos anos, essa temática se tornou um dos centros de debate em nosso Parlamento. Reforço assim que nossas decisões sejam sempre pautadas pela ciência, que deve ser uma das principais aliadas desse processo.

Na Assembleia, tenho atuado para que esse diálogo seja permanente. Buscamos propor medidas, criar diretrizes, fiscalizar e cobrar resultados, sempre de forma participativa, em uma ligação direta com as comunidades tradicionais.

Em 2023, por exemplo, junto aos deputados Dr. Eugênio de Paiva (PSB) e Valmir Moretto (Republicanos), conduzimos uma audiência pública que reforçou a importância da sustentabilidade no Vale do Araguaia e no Vale do Guaporé.

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Naquela ocasião, nos posicionamos contra uma proposta de regulamentação que pretendia transformar as áreas úmidas em planícies pantaneiras, o que poderia travar economicamente essas regiões.

Optamos, ao contrário, pelo caminho da responsabilidade: destinar aporte financeiro para estudos técnicos, garantindo que famílias que vivem e produzem nessas áreas tenham tranquilidade para unir produção e preservação.

Ainda nesta semana, a pauta voltou a ganhar força nos corredores do Legislativo, quando somamos nossas vozes às de entidades de apoio do setor produtivo, como a Aprosoja, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Sindicato Rural de Primavera do Leste. Juntos, reforçamos o debate em busca de soluções concretas para os impasses que envolvem tanto as áreas úmidas quanto os drenos em nosso estado.

Esse é o nosso compromisso: construir alternativas que respeitem a lei, a ciência e, principalmente, a realidade de quem produz em Mato Grosso.

Fonte: ALMT – MT

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